*Jorge
Pozzobom
Todos
sabemos que Bombeiro é o indivíduo que, integrado de forma
profissional ou voluntária num Corpo de Bombeiros, tem por atividade
cumprir missões como a proteção de vidas humanas e bens em perigo
ou sinistro, mediante a prevenção e extinção de incêndios, o
socorro de feridos, doentes ou náufragos, além da prestação de
outros serviços previstos na legislação ou resoluções como, por
exemplo, a concessão de licenças e pareceres técnicos. Também
temos consciência de que o bombeiro precisa ter espírito de
desprendimento, pois quem integra a corporação não apenas apaga
fogo, mas também atende emergências no caso de acidentes, com a
realização dos primeiros socorros, resgata animais, manipula
produtos tóxicos e atua, muitas vezes, em suspeitas de bomba.
Reafirmo que para exercer esta atividade é preciso ter espírito de
solidariedade, pois diante das diversas atribuições da profissão,
estar mais preocupado com o próximo do que consigo mesmo é o
principal ponto do perfil desses valorosos profissionais.
Entendo
o Bombeiro Voluntário como uma missão, um serviço e uma vocação,
pois se recebemos formação para determinadas situações não
sabemos exatamente onde e quando temos de por em prática esse nosso
saber. Em reunião com o presidente do Conselho Nacional dos
Bombeiros Voluntários e (Cons. CBV da CNBV OBA BRASIL) e presidente
da Associação dos Bombeiros Voluntários do Estado do Rio Grande do
Sul (Voluntersul), Edison Rother, aprofundei meus conhecimentos sobre
as entidades, que são registradas como organização da Sociedade
Civil de Interesse Público (OSCIP ), pelo Ministério da Justiça,
publicados no Diário Oficial da União nº 183, de 22 de setembro de
2004. A Associação, que congrega as associações de bombeiros
voluntários do RS, tem como objetivo e missão orientar, apoiar,
viabilizar, promover, organizar, capacitar, fiscalizar e representar
os Bombeiros Voluntários do Rio Grande do Sul.
Diante
da importância que reconheço neste tema e nestes profissionais
apresentei emenda ao Projeto de Lei Complementar nº 155/2013, que
acresce parágrafo ao art. 44 do P L estabelecendo que “Nos
Municípios em que houver bombeiros voluntários será autorizada a
criação de fundos entre a municipalidade e os bombeiros voluntários
para fins de arrecadação, equipamentos e instalações”. Minha
iniciativa se justifica porque os bombeiros voluntários constituem
precioso recurso de auxílio à comunidade. Portanto, é
indispensável que tenham o estímulo e o apoio do Poder Público. O
PL estabelece normas sobre segurança, prevenção e proteção
contra incêndios nas edificações e áreas de risco de incêndio no
Rio Grande do Sul e já consta na Ordem do Dia da Assembleia
Legislativa.
A
Associação está presente em mais de 30 municípios gaúchos: Nova
Prata, Garibaldi, Campinas do Sul, Nova Petrópolis, São Sebastião
do Cai, Tapejara, Bom Principio, Triunfo, Candelária, Marau,
Sobradinho, Rolante, Teutônia, Jacutinga, Carlos Barbosa, São
Vendelino, Tapes, Serafina Correia, Igrejinha, Feliz, Charqueadas,
Passo do Sobrado, Antonio Prado, São Jose do Ouro, Picada Café,
Arvorezinha, Eldorado do Sul, Harmonia, São José do Hortêncio,
Agudo, Boqueirão do Leão, Salvador do Sul, Butiá, Barracão,
Imigrante e Colinas, atendendo a 79 cidades em nosso Estado. As
principais reivindicações da Associação são a revisão da atual
legislação estadual, o apoio financeiro do Governo do Estado com
previsão no orçamento, a participação nas demandas da consulta
popular, o estabelecimento de diretrizes para acesso a recursos, a
participação no processo de Prevenção de Incêndio e recursos e a
criação de Grupo de Trabalho para tratar do desenvolvimento dos
Corpos de Bombeiros Voluntários.
Com
muito carinho saúdo a todos os bombeiros, militares e voluntários
pelo valor do exercício da sua profissão e reitero que estou à
disposição para representá-los no Parlamento gaúcho e no que for
preciso. Há muitos anos acompanho o trabalho dos bombeiros, como por
exemplo no caso da queda da ponte de Agudo, e por isso tenho cada vez
mais respeito e consideração, pois sei que as ocorrências podem
demorar, os locais podem oferecer muitas adversidades, como calor,
sujeira, perigo, dificuldades visuais, além do próprio cansaço. E
o bombeiro não pode se entregar. Tem que estar focado na necessidade
da vítima e sempre acreditar na possibilidade de resgate e
salvamento. O sentimento se resume em amar o próximo e estar
preparado para ajudá-lo.
*Deputado
estadual do PSDB
(Artigo publicado no jornal A Razão em 28 de novembro de 2013)
(Artigo publicado no jornal A Razão em 28 de novembro de 2013)