Foi
distribuído para relatoria na reunião da Comissão de Constituição
e Justiça desta terça-feira (03) o projeto de lei 171/2013, de
autoria do deputado estadual Jorge Pozzobom (PSDB), que proíbe o
exercício da Medicina, no Rio Grande do Sul, por médicos diplomados
em universidades estrangeiras que não obtiveram aprovação no Exame
Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos (Revalida). A matéria
será relatada pelo deputado Dr Diógenes Basegio (PDT). Pozzobom
aguarda um trâmite rápido na Comissão. Com base em uma pesquisa do
Instituto Methodus, divulgada no final de semana, o parlamentar
afirma que o projeto atende aos interesse dos gaúchos. No estudo,
58,3% dos entrevistados afirmaram que se sentiriam inseguros caso
fossem atendidos por profissionais graduados no exterior que não
estivessem com os diplomas revalidados no Brasil. “Recebi de
entidades dados que indicam que, de 628 profissionais que se
inscreveram para os exames de proficiência e habilitação, somente
dois conseguiram autorização para clinicar. A maioria dos
candidatos se formou em faculdades bolivianas, do interior da
Argentina e, principalmente, cubanas, e as entidades médicas
brasileiras advertem que essas instituições têm currículos
ultrapassados, estão tecnologicamente defasadas e não contam com
professores qualificados”, afirmou o proponente. Quanto
aos médicos brasileiros formados em Cuba, Pozzobom lembrou que,
entre 2005 e 2009, de 298 graduados, apenas 25 conseguiram reconhecer
o diploma no Brasil e regularizar sua situação profissional. “Não
há um processo seletivo. O que vemos são indicações via
movimentos sociais, organizações não governamentais e partidos
políticos. Por exemplo: dos 160 brasileiros que obtiveram diploma
numa faculdade cubana de medicina, entre 1999 e 2007, 26 foram
indicados pelo Movimento dos Sem-Terra (MST). Tenho razões pessoais,
jurídicas e ideológicas para colocar em dúvida se o interessa do
governo Federal, ao implantar o Mais Médicos, é mesmo com a Saúde
dos brasileiros”, concluiu.
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