08/07/2011

Santa Maria: De Diocese para Arquidiocese

Quando participei na manhã do domingo passado da missa de Ação de Graças, em comemoração à condecoração de Dom Hélio Rubert a Arcebispo de Santa Maria, percebi a alegria das pessoas que ocupavam os lugares da nossa Basílica da Medianeira. Não era por acaso. O Papa Bento XVI confirmou, ainda em abril, a elevação da Diocese de Santa Maria para Arquidiocese. Dom Hélio Adelar Rubert foi ordenado pelo Papa, em Roma, arcebispo de Santa Maria. Por um momento não pude deixar de lembrar de Dom Ivo Lorscheister. E pensei: tenho certeza que Dom Ivo está celebrando, de onde estiver, esta grande conquista que orgulha a todos nós.

Poucos sabem o que muda na nossa vida o fato de Santa Maria passar de Diocese para Aquidiocese. Diocese é a sede de um Bispo e, normalmente, estão em cidades de menor porte, com uma área de jurisdição pequena. A Arquidocese é dirigida por um Arcebispo e corresponde, geralmente, a cidades maiores e às capitais dos Estados. Segundo matéria publicada no jornal A Razão, Santa Maria é a sede da mais extensa província eclesiástica do Rio Grande do Sul. A Arquidiocese de Santa Maria tem uma área de 117.140 km² e uma população de mais de 2,6 milhões de habitantes. A província contempla, além da sede, as dioceses de Cachoeira do Sul, Santa Cruz do Sul, Cruz Alta, Santo Ângelo e Uruguaiana.

Dom Hélio Rubert, que agora é o primeiro representante do Papa, é a autoridade religiosa maior na nossa arquidiocese. No dia 29 de junho de 2011, Dom Hélio recebeu, em Roma, o “Pálio”, que simboliza o poder do Metropolita em sua província eclesiástica e sua comunhão com a Sé Apostólica. O Pálio é confeccionado pelas monjas beneditinas do Mosteiro de Santa Cecília, em Roma. Ele é uma espécie de colarinho de lã branca, com cerca de 5 cm de largura e dois apêndices, um na frente e outro nas costas. Possui seis cruzes bordadas em lã preta: quatro no colarinho e uma em cada um dos apêndices. O “Pálio” é utilizado pelo arcebispo em eventos litúrgicos oficiais dentro do território da sua arquidiocese. Ele Representa a comunhão com a igreja de Roma e com o mundo todo.

Com a arquidiocese, as dioceses continuam com sua autonomia, apenas o trabalho orgânico pastoral, que já era feito em conjunto, agora se fortalece. A elevação de nossa diocese à arquidiocese é mais uma artéria que vai irrigar o coração do Rio Grande do Sul, pois em Santa Maria, o coração da fé sempre bate forte. E bate forte contribuindo de maneira fundamental para a construção de uma sociedade cada vez mais fraterna, através da obra da Igreja, das suas atividades religiosas, educativas e assistenciais.

* Deputado Estadual, líder da bancada do PSDB na Assembleia Legislativa (artigo publicado no Jornal A Razão, em 07 de Julho de 2011)

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