04/06/2014

“Governo Tarso demonstra descaso com o processo de participação popular”, diz Pozzobom Valor médio investido por Tarso é inferior ao verificado durante o governo Yeda Crusius

A Bancada do PSDB na Assembleia Legislativa fez um levantamento dos dados relativos à execução orçamentária do Processo de Participação Popular e Cidadã até 30 de maio. Os tucanos identificaram que apenas 15,7% do valor prometido para este ano em investimentos sugeridos pelos gaúchos foram executados nos últimos cinco meses. Ou seja. do total de R$ 165 milhões previstos no Orçamento de 2014 para a consulta popular, somente R$ 18,6 milhões foram executados.

Para o líder da bancada tucana, deputado Jorge Pozzobom, o governo Tarso demonstra falta de compromisso com a população que se mobiliza em diferentes regiões do Estado para reivindicar suas necessidades em diversos setores, como saúde, segurança, educação e infraestrutura. O parlamentar lembrou que em anos anteriores, o governo também deixou de executar valores significativos prometidos para o processo de participação popular.
“Em 2011 o governo deveria ter executado R$ 202,1 milhões, mas aplicou apenas R$ 59,9 milhões. Em 2012 não foi diferente, dos R$ 193,6 milhões previstos no orçamento, somente R$ 71 milhões foram pagos. No ano passado, o governo orçou R$ 179,1 milhões, entretanto destinou efetivamente R$ 82,7 milhões”, apontou Pozzobom. O deputado explicou que os valores foram corrigidos pelo Índice de Preços ao Consumidor (IGP-DI).

Comparação com o governo do PSDB

O valor médio investido nos três primeiros anos do governo Tarso no processo de participação popular é inferior ao verificado nos quatro anos da gestão da governadora Yeda Crusius (PSDB). De acordo com levantamento da assessoria técnica da Bancada do PSDB na Assembleia, entre 2007 e 2010 a média de investimentos anual chegou a R$ 110,5 milhões. Em 2011 e 2013, no governo petista, a média ficou em R$ 71,2 milhões ao ano. Yeda investiu R$ 442,1 milhões ao longo de sua gestão popular e Tarso R$ 213,6 milhões até o final do ano passado.

Luis Gustavo Machado
Jornalista

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