O líder da Bancada do
PSDB na Assembleia Legislativa, deputado Jorge Pozzobom, se reuniu nesta
quinta-feira (24) com o deputado federal Onix Lorenzoni (DEM) para tratar do
Projeto de Lei 7446/2014, que tramita na Câmara Federal. Conhecido como Lei
Bernardo, em alusão ao menino Bernardo Uglione Boldrini, de 11 anos, natural de
Três Passos que foi assassinado, o projeto tem por finalidade dar celeridade
processual a qualquer forma de lesão aos direitos fundamentais da criança e do
adolescente. “A nossa Constituição Federal garante que os processos jurídicos
devem ter uma razoável duração. Eu não tenho a menor dúvida que este ato
criminoso de ceifar prematuramente a vida do menino Bernardo poderia ter sido
evitado se esta lei já estivesse em vigor”, afirmou Pozzobom.
Pozzobom convidou
Lorenzoni para apresentar o PL na audiência pública que propôs na Comissão de
Cidadania e Direitos Humanos da AL para debater sobre a função dos conselheiros
tutelares no caso de violação dos direitos da criança e do adolescente. O
deputado estadual também elogiou a corrente do bem que foi formada em Três
Passos e assumiu o compromisso de se reunir com os presidentes do Tribunal de
Justiça, José Aquino Flôres de Camargo, e da Associação dos Juízes do Rio
Grande do Sul, Ajuris, Eugênio Couto Terra, para que o Tribunal de Justiça faça
uma instrução normativa que garanta celeridade de processo, enquanto a lei não
entre em vigor, pois, segundo Pozzobom, a Constituição e o Estatuto da Criança
e do Adolescente determinam que criança e adolescente têm prioridade absoluta.
“O direito à vida é uma garantia constitucional. E é nossa obrigação –
obrigação de todos nós – preservarmos a vida. Não somente a nossa e de nossos
familiares. Mas devemos sim intervir quando, como em casos como este, a família
se omite ou deixa indícios de que por um grande período de tempo não possui
condições de resolver um problema que se arrasta, sem solução. É preciso que
este caso, infelizmente, sirva para modificarmos as nossas convicções, nossas
atenções, nossos conceitos, para agirmos antes que novos casos Bernardo
ocorram”, concluiu.
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