*Jorge
Pozzobom
Tive
a grata satisfação de participar na última quinta-feira (28) da
19º edição do Prêmio Líderes e Vencedores, conferido pela
Federasul e Assembléia Legislativa do RS. Naquela noite, o
presidente da Associação dos Dirigentes de Marketing e Vendas do
Brasil – ADVB/RS - Telmo Costa, que encerrou a sua gestão, recebeu
o prêmio na categoria “Sucesso Empresarial”, por sua liderança
estratégica na presidência da ADVB/RS e no comando de uma das
maiores empresas de TI da América Latina, o Grupo Meta. E um dos
maiores legados deixados por este empresário que pensa no lucro
social e não apenas no econômico, foi a instituição do “Movimento
Rio Grande do Sim – Atitude que muda o Estado”, mobilização
lançada como bandeira da ADVB/RS nos seus 50 anos com o propósito
de provocar os gaúchos para a busca de um comportamento mais
positivo em prol do desenvolvimento do Estado.
Com
o objetivo de estimular a participação e o engajamento da sociedade
civil na consciência de quem somos e o nosso papel na sociedade o
movimento Rio Grande do sim nasce em 2012. E a partir daí, dezenas
de entidades empresariais e de classe do Rio Grande do Sul agregam
participação neste movimento, além de diversas personalidades dos
setores das artes, cultura e economia gaúchos. É um movimento que
nasceu com a missão de buscar a mudança de comportamento e atitude
das pessoas, com o objetivo de impulsionar o crescimento individual e
coletivo de cada um de nós, de nossas empresas e organizações e do
Estado do Rio Grande do Sul. E para isto são propostas diversas
formas de participação como curtir as mensagens no Facebook do Rio
Grande do Sim; seguir o movimento no Twitter; envolver seu grupo de
relacionamento nessa ideia: mobilizar sua família, amigos, colegas e
contatos. Telmo Costa foi muito feliz quando explicou que a razão do
movimento “é trabalharmos alguns traços da cultura do gaúcho,
que no passado foi positiva, nos fortaleceu e fez com que chegássemos
até aqui, mas que hoje se transformou em um freio para o nosso
processo de crescimento. A cultura do conflito, a incapacidade de
articulação e as brigas ideológicas estão afetando o destino de
cada um de nós gaúchos”. E como alternativa para quebrarmos estes
paradigmas ele propôs que façamos que caia em desuso a “trilogia
do não: não dá, não pode, agora não”.
Quero
citar aqui o médico e escritor, Eugênio Mussak, que resolveu
dedicar-se ao ensino e atualmente é professor da FIA-USP e da
Fundação Dom Cabral, nas áreas de Liderança e Gestão de Pessoas.
É o diretor científico da Associação Brasileira de Recursos
Humanos e integrante do comitê de criação do CONARH – Congresso
Brasileiro de Recursos Humanos. Mussak afirma que a história, a
lógica, a matemática, a física e todas as outras ciências dizem a
mesmíssima coisa: um simples gesto seu pode ser a gota d’água.
São as ações individuais que desencadeiam as ações coletivas,
que se transformam em comportamento generalizado. Sabemos que a
humanidade vive em permanente estado de mudança. Comportamentos,
valores, tecnologias, ética e moral, tudo que está relacionado com
a vida do homem em sociedade tende a mudar em uma velocidade cada vez
maior. E a mudança do coletivo, deve-se a quê? Não conseguimos
explicar como é que o coletivo muda sem aceitar que haja um
indivíduo para iniciar o processo. Ora, alguém, em algum instante,
dá o pontapé inicial. Toda mudança do coletivo nasce de uma ação
individual, que é absorvida pelo conjunto sem ser percebida – a
não ser em poucas exceções. É por isso que ações individuais
contam. Porque podem se transformar em ações coletivas. Mas, para
que isso aconteça, observa Mussak, há pelo menos três pressupostos
que devem ser considerados: a coragem, a persistência e a
relevância.
Por
não ter a menor dúvida que o Rio Grande do Sim deve ser absorvido e
entendido por todos os servidores públicos, pois eles são peças
fundamentais da grande máquina que é o Estado do Rio Grande do Sul,
quero afirmar que, assim como o Pacto Pelo Rio Grande, a Agenda 2020,
entre outros tantos movimentos e ações importantes, guardados os
seus propósitos e áreas de atuação, o movimento do Rio Grande Sim
só tem a agregar e nos orgulhar. E este movimento nos ensina que
cada um de nós deve fazer a sua parte. E a prova disto é que no
final do lançamento da campanha publicitária ocorreu a adesão de
empresas renomadas, além de tantas outras que já aderiram e muitas
outras que virão a se engajar. O grande papel que nós, agentes
políticos podemos exercer é construirmos o Rio Grande do Sim. E
para isso, não precisamos abrir mão de nossas convicções
políticas, partidárias, nem ideológicas. Mas ao mesmo tempo temos
a obrigação de saber que nosso compromisso maior é com todas as
pessoas do Estado do Rio Grande do Sul. Por isso eu digo SIM, ao Rio
Grande do Sim.
*Deputado
Estadual
(Publicado
no jornal A Razão em 05 de dezembro de 2013)
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