24/09/2013

DIREITOS HUMANOS: Audiência Pública ouviu vítimas de vandalismo na AL

Foi realizada nesta segunda-feira (23) a audiência pública da Comissão de Cidadania e Direitos Humanos (CCDH) da Assembleia Legislativa, que debateu a situação das vítimas dos atos de vandalismo ocorridos durante as manifestações de junho em Porto Alegre. Após ouvir relatos de empresários e moradores da capital que tiveram prejuízos com as manifestações, o deputado estadual Jorge Pozzobom (PSDB), que presidiu a reunião, propôs a formatação de um documento com os relatos dos presentes para ser entregue às autoridades estaduais visando melhorar a segurança na cidade. Pozzobom reconhece a importância das manifestações, mas criticou os atos de vandalismo contra o patrimônio particular e público. “Ninguém nesta audiência questionou a legitimidade dos movimentos sociais, a manifestação de pessoas que estão indignadas com a classe política que não está dando a resposta que a sociedade queria. Mas nós temos que saber quem são os verdadeiros autores e praticantes destes atos de vandalismo. Nós sabemos que a Constituição Federal garante, de maneira inequívoca, a livre manifestação, mas ao mesmo tempo ela proíbe de maneira clara e objetiva o anonimato. Estas pessoas que participaram das manifestações com o rosto tapado, eu não tenho a menor dúvida de que foram recolhidas e identificadas pela Brigada Militar merecidamente. Sou manifestamente favorável aos movimentos sociais, e radicalmente contrário aos atos de vandalismo”, afirmou.

Conforme Pozzobom, a partir da audiência pública será formatado um documento para ser encaminhado aos órgãos de segurança pública. “Nós vamos montar este documento em conjunto, pois no ano que vem teremos a realização da Copa do Mundo, e não podemos mais dizer que não estávamos preparados para lidar com manifestações. Que esta audiência nos deixe reflexões de como melhorar nossa segurança para que atos semelhantes não voltem a acontecer e que, como diz o nosso hino, nossas forças de segurança possam servir de modelo a toda terra”, concluiu. Relatos - O vice-presidente do Sindilojas, Paulo Kruse, revelou que os danos dos associados à entidade somaram mais de R$ 3 milhões, além de redução média de 25% do movimento e, em alguns casos, chegando a entre 40% e 50% em estabelecimentos do Centro. O presidente do Sinpoa, José de Jesus Santos, afirmou que, mesmo passado mais de três meses dos protestos de junho, os prejuízos ainda não foram recuperados e que os comerciantes sentem reflexos ainda hoje, pois qualquer notícia de manifestação afasta os clientes dos bares da Cidade Baixa.

O empresário Manoel Pimentel teve duas lojas depredadas e questionou o impacto que as manifestações causaram não apenas para os empresários, mas também para os trabalhadores, pois muitas empresas tiveram que demitir funcionários por causa dos prejuízos. Já o vice-presidente do Sindicato dos Professores das Instituições Federais de Ensino Superior de Porto Alegre (Adufrgs), Lúcio Olímpio de Carvalho, relatou que teve o carro destruído durante as manifestações, assim como cerca de outros 20 proprietários de veículos que estavam estacionados na rua Otávio Correa. Além de Pozzobom, compuseram a mesa o promotor Miguel Velasquez; o vice-presidente do Sindilojas, Paulo Kruse; o presidente do Sindicato da Hotelaria e Gastronomia de Porto Alegre (Sindpoa), José de Jesus Santos; o vice-presidente do Sindicato dos Professores das Instituições Federais de Ensino Superior de Porto Alegre (Adufrgs), Lúcio Olímpio de Carvalho; o presidente do Sincopeças, Gerson Nunes Lopes; o diretor do departamento de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública, delegado Nedson Ramos de Oliveira; o delegado da Polícia Civil, Marco Souza; o vereador de Porto Alegre, Reginaldo Pujol; o presidente do Sincopeças, Gerson Nunes Lopes; o assessor legislativo do CDL-POA, Luiz Antonio Pereira da Silva; o empresário e membro do Conselho Consultivo do CDL, Manoel Pimentel; e o professor aposentado Lineo Chemello.

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