23/09/2013

ARTIGO: 20 SETEMBRO: UMA DATA QUE ORGULHA A TODOS OS GAÚCHOS


*Jorge Pozzobom

Amanhã estarei, como em todos os anos, desfilando na Avenida Medianeira, no 20 de Setembro. E gostaria de estar, neste ano, compartilhando com todos mais uma vitória que vou conquistar em meu mandato que envolve o tradicionalismo. Estou me referindo ao Projeto de Lei 17/2013, de minha autoria, que inclui no Calendário Oficial do Rio Grande do Sul os rodeios crioulos e as festas campeiras realizadas no Estado. O PL estava na Ordem do Dia da última terça-feira, para ser votado em plenário, na Assembleia Legislativa, mas não pode ser apreciado em razão do projeto do Passe Livre que tomou conta de toda a sessão. Todos sabemos que Santa Maria é reconhecida pela cultura e pela qualidade de seus Centros e Departamentos de Tradições Gaúchas (CTGs), DTGs, além das Festas Campeiras, como o Rodeio Internacional do Conesul, realizado na Estância do Minuano.
Conforme a redação do PL, que tenho a convicção de será aprovado pelo Parlamento gaúcho, para integrar o Calendário é preciso que os eventos sejam organizados de acordo com o estabelecido na Lei 11.719/2002, que institui o Rodeio Crioulo como componente da cultura popular do Rio Grande do Sul; e na lei 12.567/2006, que estabelece um conjunto de normas sobre infraestrutura, cuidados médicos, transporte de animais, canchas e bretes, formas de encilha e proteção dos animais. Tive a iniciativa de propor esta legislação por estar convicto que incluir os rodeios e festas campeiras no calendário oficial do Rio Grande do Sul significa nada mais do que honrar a Constituição Estadual que foi promulgada com base nos elevados valores da tradição gaúcha. Claro que depois de tratar desse tema com as pessoas que representam o tradicionalismo na minha Santa Maria, assim como com o presidente do MTG, Erival Bertolini, a quem vou entregar a medalha “Mérito Farroupilha”, como reconhecimento da Assembleia Legislativa ao comprometido trabalho prestado ao tradicionalismo gaúcho.
Minha relação com o movimento tradicionalista tem muito tempo. Na Assembleia Legislativa lutei durante audiência pública promovida pela Comissão de Assuntos Municipais para a suspensão do Decreto Estadual n.º 50.072/2013, que regulamenta a Lei Estadual nº 13.467/2010, a qual exige a obrigatoriedade de vacinação contra anemia infecciosa equina (AIE) para a concessão do Guia de Trânsito Animal (GTA) para o transporte de cavalos e estipula que a vacinação contra anemia infecciosa deve ser feita de dois em dois meses. Criadores de cavalos e pessoas ligadas a entidades tradicionalistas e a sindicatos rurais defendiam a ampliação do prazo. Entre as principais queixas estavam a validade da vacina (de dois meses), e seu custo (em torno de R$ 120,00), além da necessidade de retirada do GTA a cada transporte de equinos.
Sou verdadeiramente apaixonado pelo tradicionalismo gaúcho, segmento com o qual me relaciono diretamente, pois sempre estou presente em eventos como Enart, JuvEnart e tantos outros que só nos orgulham. E que com a aprovação do meu projeto passarão a integrar o calendário oficial do Estado. Os ideais de liberdade, de afirmação da liberdade política e econômica e da igualdade entre os homens, marcados pela Revolução Farroupilha, sem dúvida, permanecem até os dias de hoje no nosso Estado. É muito bom ser brasileiro. Mas o bom mesmo, é bater no peito e dizer “tenho orgulho de ser gaúcho”.
*Deputado estadual do PSDB
(Artigo publicado no jornal A Razão dia 19 de setembro de 2013)

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