*Jorge
Pozzobom
Amizade.
Solidariedade. União. Fraternidade. Alegria. São algumas das
palavras ou sentimentos que posso falar que nós, santa-marienses,
percebemos durante o Dia do Vizinho, que é comemorado há 25 anos,
em Santa Maria. Promovido pelo Jornal A Razão, o Dia do Vizinho faz
parte do calendário de eventos do município, sendo realizado sempre
no terceiro domingo de agosto. Participei durante o dia e comemorei
junto aos vizinhos de diversas ruas de minha cidade. Durante minha
estada em cada um desses locais, percebi que a alegria e a competição
positiva, de que quem fazia mais para agradar o vizinho, era pura
motivação solidária.
A
comemoração do Dia do Vizinho, que como já falei está na sua 25ª
edição, consiste no encontro de moradores de nosso Município para
confraternizar. Para quem chega, já percebe a diferença na rotina,
pois as ruas são fechadas ou, às vezes, um local amplo, como casa
ou centro comunitário de bairros, é ponto de encontro para a
confraternização. Música, banda marcial do Maneco, churrasco,
bolos, são apenas algumas das animações e maravilhas que
presenciei. Para participar bastava se inscrever por e-mail ou
telefone no Jornal A Razão. As pessoas aproveitaram o dia de sol
para matear com a família e amigos, conversar, conviver, além de
participarem de brincadeiras. A alegria contagiante e que se espalhou
por cada canto, propiciada pela festa, é o que qualquer comunidade
precisa. Em vista de certas coisas que têm acontecido, a paz, a
confraternização e o amor são muito importantes. Fiquei muito
feliz em poder assistir a atos de solidariedade, como almoço
preparado para 150 crianças carentes, realizado através de doações.
O
dia do vizinho estimula a criatividade, a caridade, a fraternidade, a
convivência e porque não o cooperativismo, que é uma forma básica
justa e solidária de se construir, ou permanentemente reconstruir,
uma sociedade. É um movimento, um sistema, uma disposição ou
simplesmente uma atitude ideal de organização para o bem das
comunidades. Significa agir simultânea ou coletivamente com os
outros para o mesmo fim, ou seja, trabalhar em razão de um mesmo
objetivo comum, de um mesmo propósito: a fraternidade. A história
já nos mostrou que quando as pessoas atuam com interesses comuns, de
forma organizada e democrática, com a participação livre de todos,
com possibilidade de igualdade de todos em deveres e direitos, só
podem ser colhidos resultados positivos e elevados. Nesta dinâmica,
todos se empenham em uma mútua colaboração e dedicação,
recebendo como resposta a troca de afetos ou até mesmo a felicidade
do outro. Certamente o Dia do Vizinho gera profunda articulação na
comunidade, promove de forma alegre e espontânea a inclusão social,
fortalece o espírito associativo, pois coloca em segundo plano o
individualismo, através da responsabilidade social de cada um de nós
e a preocupação – de forma absolutamente positiva – com os
outros.
E
por fim, por justiça, quero parabenizar a direção do Jornal A
Razão, os coordenadores de cada localidade, a União das Associações
Comunitárias de Santa Maria (UAC), que é parceira do evento, e a
todas as pessoas que com sua alegria e com espírito coletivo
confraternizaram no último domingo. Quero destacar a dimensão
social deste evento, que tem como princípios norteadores: a adesão
voluntária e livre; a organização democrática feita pelos
coordenadores; a participação econômica de cada pessoa conforme
suas possibilidades; a educação, formação, criatividade e
informação, que ocorre por meio da relação interpessoal e o
estímulo ao interesse pela comunidade. Apenas neste evento, podemos
afirmar que competição é sinônimo de cooperação. Pois mostramos
que podemos fazer mais e melhor juntos do que separados. Como sempre
digo, somar para dividir. Assim como a poetisa Cora Coralina. Foi ela
quem teve a ideia de instituir a celebração do dia do vizinho.
Segundo Cora, o vizinho "é mais que parente, pois é o primeiro
a saber das coisas que acontecem na vida gente”.
*Deputado
estadual do PSDB
(Atigo publicado no jornal A Razão no dia 22 de agosto de 2013)
(Atigo publicado no jornal A Razão no dia 22 de agosto de 2013)
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