Hoje, dia 8 de março, é comemorado o dia internacional da Mulher. Uma data quase centenária, pois sua comemoração começou em 1910, durante a Conferência de Mulheres Trabalhadoras da Dinamarca, tendo Clara Zetkin, líder social-democrata da Alemanha, como propositora. Depois, em 1913, a celebração foi transferida para o dia 8 de março, data que permanece até hoje, de modo a lembrar o trágico episódio ocorrido em Nova Iorque, onde no ano de 1857, ao exigir equiparação de direitos, 130 trabalhadoras grevistas foram criminosamente incendiadas em uma fábrica.
O Dia Internacional da Mulher traz à pauta uma grande reflexão sobre este tema, pois a distância entre o reconhecimento dos direitos femininos e o efetivo exercício desses direitos nem sempre é pequena e fácil. A Nova Zelândia deu um bom exemplo ao mundo ao reconhecer, em 1893, o direito de voto às mulheres. Passaram-se 39 anos até que o Brasil fizesse a mesma coisa, o que ocorreu no ano de 1932. Mais 46 anos, quando em 1979, elegemos uma senadora em nosso País. Outros 16 anos se passaram, mais precisamente no ano de 1995, para a eleição da primeira governadora no Brasil. Apenas após11 anos, o Rio Grande do Sul elegeu a primeira mulher para governar o estado, o que aconteceu em 2006, com a eleição de Yeda Crusius, do meu partido, o PSDB.
Após nove décadas de voto feminino, a presença das mulheres na vida pública nacional ainda é percentualmente pouco expressiva. Faço esse relato para mostrar que as questões relacionadas à inclusão feminina em certos espaços da vida social obedecem a um ritmo bem diferente do que se pode presumir quando se enunciam preceitos que vedam preconceitos. Sabemos que o tempo passou, o mundo evoluiu e hoje as mulheres celebram a data como vencedoras de uma luta pela igualdade e pela mudança cultural de uma antiga submissão feminina.
Porém, ainda há muito por fazer no sentido de consolidar conquistas e de remover preconceitos. Os avanços, ainda que lentos são reais, pois em 2007 tivemos pela primeira vez na história de nosso estado uma Governadora mulher. Depois, em 2011 a primeira presidente do Brasil, com a eleição de Dilma Rouseff. Em nosso estado, esta conquista tem especial importância, pois aqui viveram figuras como Ana Terra, cuja personalidade e trajetória resumem muito bem a garra e a persistência da mulher gaúcha. Finalizo esse artigo dedicando em nome da minha mãe, Maria Thereza, da minha esposa Janice e das minhas filhas, Rafaela e Victória, um abraço fraterno e especial a todas as mulheres por este dia, desejando que as conquistas alcançadas até aqui sejam apenas o início de uma realidade com plena liberdade e igualdade.
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