Por Jorge Pozzobom*
Durante toda esta semana ocorreram comemorações alusivas à semana da Pátria. Especialmente aqui em Santa Maria, cidade que abriga um enorme contingente de militares do Exército, Aeronáutica e Brigada Militar. Entretanto, a data de 7 de Setembro muito nos faz refletir. Comemorar a independência de nosso País é, sem dúvida, um ato de grandeza presente na história do Brasil, nos desfiles e homenagens que ocorrem em cada canto do território brasileiro. Toda esta cerimônia, que se repete a cada ano, tem como objetivo despertar o amor do cidadão à sua Pátria, valorizar e respeitar os símbolos nacionais, trazer à consciência os deveres para com o patrimônio público, valor e respeito aos próximo. Mas o que significa ser patriota hoje?
Será que diante dos fatos ocorridos nos últimos tempos não devemos repensar o conceito de ser patriota? Digo isso porque na infância e adolescência aprendemos a importância dos deveres cívicos como a liberdade, igualdade, ética, respeito, solidariedade e diálogo, por exemplo. Um jornal do centro do País já anunciava, no início da semana, que pelos menos 10 grupos estariam organizando ações através do Facebook, com a presença confirmada, via rede social, de cerca de 75 mil pessoas. Sem dúvida estas pessoas acreditam que ser patriota é lutar pela soberania nacional, mas sobretudo querem lutar pelo respeito ao dinheiro público, pela ética na política brasileira, pelo fim dos favorecimentos nas empresas públicas.
É preciso trabalharmos a Semana da Pátria com a perspectiva de incluir nas discussões das escolas, famílias e demais instituições da sociedade civil organizada, temas como a economia, a cidadania e a política, com o objetivo de pensar a Pátria do futuro. Uma Pátria que supere obstáculos e dificuldades na busca do seu engrandecimento e seu desenvolvimento sustentável, sem esquecer da moralização do setor público, que hoje nos envergonha com manchetes diárias de favorecimentos e corrupção. Certamente jamais poderemos deixar de reverenciar e difundir as grandes realizações, o marco da nossa história, a fim de proporcionar aos cidadãos maior compreensão, conhecimento e espírito de luta pelas grandes causas do Brasil.
É imperativo que nós brasileiros lutemos agora pela independência, moralidade e respeito do Poder Público ao que é publico, ou seja, do povo. Portanto devemos estar atentos à realidade político-econômica e social em que vivemos, resgatando permanentemente a cidadania e os valores éticos e morais, através da participação, fiscalização e opinião. Para isto tornam-se imprescindíveis as discussões sobre a reforma política, a importância do voto na construção de uma democracia plena, E mais ainda, a observação diária das ações e movimentações de nossos políticos patriotas.
* Deputado Estadual, líder da Bancada do PSDB na Assembleia Legislativa. Artigo publicado no Jornal A Razão, em 7 de setembro de 2011
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