A confirmação do ex-gerente da Petrobras, Pedro Barusco, sobre o repasse
de recursos para a campanha da presidente Dilma Rousseff em 2010 não causou
surpresa aos deputados da Bancada do PSDB na Assembleia Legislativa gaúcha. Em
depoimento à CPI da Petrobras, Barusco afirmou que foi pedida uma doação à
empresa holandesa SBM Offshore e o dinheiro foi repassado para ele, que,
posteriormente, efetuou o acerto de contas com o tesoureiro do PT João Vaccari
Neto.
O líder da bancada tucana, deputado Jorge Pozzobom, ressaltou que a cada dia
fica mais claro aos brasileiros que a corrupção da Petrobras se
institucionalizou no governo Lula e foi ampliada ao longo do primeiro mandato
de Dilma, com o objetivo de financiar a manutenção de um projeto de poder
hegemônico no país. “Barrusco está confirmando o que todos já concluíram. Foi
estruturado um esquema sem precedente de corrupção na nossa maior empresa para
beneficiar o PT”, observou.Pozzobom defendeu o aprofundamento das investigações, pois na opinião do
parlamentar ainda tem muito para ser revelado. “Devemos nos aprofundar na
aprovação dos fatos que estão sendo revelados pelo delatores na Operação Lava
Jato. Precisamos passar o Brasil a limpo”, enfatizou. O deputado disse ainda
que o PSDB está fazendo sua parte no Congresso Nacional por meio dos trabalhos
da CPI da Petrobras. “Assim como Barusco, outros agentes envolvidos no esquema
de corrupção deverão comparecer a CPI”, concluiu.
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LUÍS GUSTAVO MACHADO
Jornalista
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