A denúncia feita por um empresário no acordo de delação premiada da
operação Lava-Jato, da Polícia Federal, de que dinheiro da corrupção na
Petrobras abasteceu a conta oficial do PT na campanha eleitoral foi classificada
como gravíssima pelo líder da Bancada do PSDB na Assembleia Legislativa,
deputado Jorge Pozzobom. O parlamentar afirmou durante a sessão plenária desta
terça-feira (9) que se comprovada essa informação o governo Dilma Rousseff
seria “ilegítimo”.
Pozzobom defendeu a apuração efetiva da informação fornecida pelo
executivo Augusto Mendonça Neto, da empresa Toyo Setal, uma das fornecedoras da
Petrobras envolvida no esquema de corrupção. “Temos que garantir que isso seja
comprovado porque essa é a denúncia mais grave que surgiu até o momento”,
observou.
O parlamentar tucano lembrou que Mendonça Neto disse em sua delação que
parte do pagamento de propina ao ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato
Duque era direcionada ao PT como doação oficial ao partido. “Mendonça Neto disse ter pago propina ao Renato
Duque, a partir do contrato da Repar, a refinaria Presidente Getúlio Vargas, no
Paraná. O empresário conversou pessoalmente com o tesoureiro do PT, João
Vaccari, no diretório do PT em São Paulo, em 2008”, ressaltou.
O deputado cobrou, ainda, explicações do PT pelos
apontamentos feitos por técnicos do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sobre a prestação de contas
de campanha da presidente Dilma Rousseff na eleição deste ano. “De acordo com
os técnicos do TSE, 13% das saídas de recursos e 5% das entradas foram
irregulares. Os brasileiros merecem explicações”, concluiu.
Os apontamentos serão enviados ao ministro Gilmar Mendes, do Supremo
Tribunal Federal (STF), relator do processo de prestação de contas, que poderá
acatar ou não a indicação. Uma eventual rejeição das contas não impede a
diplomação de Dilma, mas pode servir de base para a abertura de investigações.
Assessoria de Imprensa - Bancada PSDB RS
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LUÍS GUSTAVO MACHADO
Jornalista
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