10/12/2014

“Uso de propina na forma de doação oficial ao PT deve ser apurado”, diz Pozzobom

A denúncia feita por um empresário no acordo de delação premiada da operação Lava-Jato, da Polícia Federal, de que dinheiro da corrupção na Petrobras abasteceu a conta oficial do PT na campanha eleitoral foi classificada como gravíssima pelo líder da Bancada do PSDB na Assembleia Legislativa, deputado Jorge Pozzobom. O parlamentar afirmou durante a sessão plenária desta terça-feira (9) que se comprovada essa informação o governo Dilma Rousseff seria “ilegítimo”.
Pozzobom defendeu a apuração efetiva da informação fornecida pelo executivo Augusto Mendonça Neto, da empresa Toyo Setal, uma das fornecedoras da Petrobras envolvida no esquema de corrupção. “Temos que garantir que isso seja comprovado porque essa é a denúncia mais grave que surgiu até o momento”, observou.
O parlamentar tucano lembrou que Mendonça Neto disse em sua delação que parte do pagamento de propina ao ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque era direcionada ao PT como doação oficial ao partido. “Mendonça Neto disse ter pago propina ao Renato Duque, a partir do contrato da Repar, a refinaria Presidente Getúlio Vargas, no Paraná. O empresário conversou pessoalmente com o tesoureiro do PT, João Vaccari, no diretório do PT em São Paulo, em 2008”, ressaltou.
O deputado cobrou, ainda, explicações do PT pelos apontamentos feitos por técnicos do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sobre a prestação de contas de campanha da presidente Dilma Rousseff na eleição deste ano. “De acordo com os técnicos do TSE, 13% das saídas de recursos e 5% das entradas foram irregulares. Os brasileiros merecem explicações”, concluiu.
Os apontamentos serão enviados ao ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), relator do processo de prestação de contas, que poderá acatar ou não a indicação. Uma eventual rejeição das contas não impede a diplomação de Dilma, mas pode servir de base para a abertura de investigações.

Assessoria de Imprensa - Bancada PSDB RS

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LUÍS GUSTAVO MACHADO
Jornalista


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