Os
deputados da Bancada do PSDB na Assembleia Legislativa acompanharam de perto e
contribuíram com as articulações que resultaram na aprovação do Projeto de Lei
Complementar 99/2013, que dispõe sobre a mudança do indexador da dívida dos
Estados com a União, votado nesta quarta-feira (6), no Senado Federal. O líder
da bancada tucana, deputado Jorge Pozzobom, integrou a comissão de
parlamentares gaúchos que esteve reunida com o presidente do Senado, Renan
Calheiros (PMDB), para tratar do assunto na véspera da votação em plenário.
Essa medida vai beneficiar diretamente o Rio Grande do Sul, o mais endividado
da Federação.
Pozzobom classificou a aprovação do projeto como positiva para reorganização
das finanças públicas do Estado a partir da próxima gestão. Segundo o deputado,
a troca do IGP-DI mais 6%, pelo IPCA mais 4% ou Selic, no cálculo dos juros da
dívida do Rio Grande do Sul com a União, não será percebida em curto prazo. “A
mudança no índice oferece uma luz no fim do túnel, mas não alivia as finanças
do governo de imediato. O projeto que ajudamos a aprovar é bom, entretanto o
grau de endividamento do Estado atingiu um patamar muito elevado no governo
Tarso e, por essa razão, a próxima administração encontrará muito dificuldade
orçamentária”, avaliou.
O parlamentar lembrou que o PSDB alertou a sociedade gaúcha nos últimos três
anos e 11 meses sobre a irresponsabilidade fiscal do governo Tarso. “Nossos
deputados usaram todos os espaços disponíveis para denunciar o agravamento da
crise financeira do Estado ao longo do governo Tarso. A gestão petista
intensificou o processo de endividamento, colocando a perder o trabalho feito
pelos governos Germano Rigotto e Yeda Crusius no controle do crescimento da
dívida”, salientou.
Situação do RS
No decorrer do governo Tarso a dívida consolidada do Estado cresceu R$ 13,5
bilhões, passou de R$ 43,4 bilhões em 2010, último ano de Yeda, para R$ 56,9
bilhões. Do total devido pelo Estado, R$ 47,6 bilhões corresponde ao débito com
a União. O restante, compreende os precatórios e os empréstimos obtidos junto a
instituições financeiras nacionais e internacionais.
De acordo com a Lei de Responsabilidade Fiscal, o governo está no limite do
endividamento. Com a mudança no índice que calcula os juros da dívida pública,
o Rio Grande do Sul reduzirá em aproximadamente R$ 15 bilhões a dívida até
2028, além de permitir a captação de novos empréstimos.
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