A situação precária e desumana
dos presídios no Rio Grande do Sul, conferida in loco em visita do presidente
do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, ao Presídio Central, foi o
tema que abordei durante o período do Grande Expediente na Assembleia
Legislativa. Disse o Presidente do STF à imprensa: "determinação e vontade
política" para resolver a situação do sistema carcerário no país. Os
problemas enfrentados pela maior unidade prisional do Rio Grande do Sul — como
superlotação, estrutura precária e más condições de higiene — refletem, segundo
ele, um "padrão seguido em todo o país" e que prova a "falta de
civilidade nacional".
Durante minha manifestação
apontei o baixo investimento no setor prisional realizado nos três anos do
Governo Tarso, assim como o aumento nos índices de criminalidade no Estado. A
sociedade está amedrontada, o delito se tornou trivial, as penitenciárias do
jeito que estão são escolas do crime e a reincidência criminal gira atualmente
em torno de 70%. Com base no Sistema de Finanças Públicas do Estado (FPE),
posso mostrar a falta de compromisso do Governo do Estado com a execução dos
investimentos em presídios. O atual Governo prometeu aplicar entre 2011 e 2013
mais de R$ 300 milhões nas penitenciárias.
Entretanto, foram executados
somente R$ 101,7 milhões. Isso é lamentável. No RS a população carcerária é de
mais 28 mil presos, sendo o índice de reincidência ao crime de 67%, conforme
dados da Superintendência dos Serviços Penitenciários (SUSEPE). No Governo Yeda
(2007-2010) do PSDB, foram criadas 1.238 novas vagas no regime fechado e 1.783
no regime aberto, totalizando 3.021. Na minha Santa Maria, onde iríamos
construir apenas um presídio, após conversa com a Governadora e decidimos
construir dois presídios em um só. Tivemos uma redução de gastos na ordem de
30% daquilo que seria necessário para construir dois presídios e a criação de
772 vagas. Em Porto Alegre, criamos 492 vagas; em Caxias do Sul, 432; em
Montenegro, 116; em Vacaria, 42; em Palmeira das Missões, 86; em Santo Cristo,
oito; em Bento Gonçalves, 100; em Viamão, 140; em Osório, 300; em Novo
Hamburgo, 300; em Viamão, 150; no Instituto Psiquiátrico Forense, 150.
Em 2010, o governo do PSDB
investiu 180 milhões de reais em segurança pública. É importante saber quanto o
governador Tarso investiu em 2011, 60 milhões de reais; em 2012, 88 milhões de
reais; em 2013, 119 milhões de reaisSomente na Susepe, o governador Tarso
prometeu investir 100 milhões de reais em 2011, mas executou 25 milhões de
reais, um quarto. Prometeu investir 100 milhões de reais em 2012, mas investiu
44 milhões de reais. Prometeu investir 100 milhões de reais em 2013, mas
reduziu de 44 milhões de reais para 34 milhões de reais.
Portanto, temos que sair do
discurso e ir para a prática. O sistema prisional tem que ser tratado. Não
quero falar das mordomias que José Dirceu, Delúbio e João Paulo Cunha estão
recebendo na Papuda. Quero tratar do Presídio Central e das outras casas
prisionais do Estado. O Governador Tarso foi Ministro da Justiça sempre afirmou
que por ser do mesmo partido da Presidente, com o Governo Federal, os
investimentos seriam muito maiores e garantidos. Hoje sabemos que isso não se
confirmou. Hoje sabemos que o alinhamento estrelar não beneficiou o Estado do
Rio Grande do Sul também na segurança pública e na questão prisional. Não tem
desculpa, portanto, para os baixos investimentos e ações, pois em nada avançou
com este Governo o sistema prisional gaúcho. O atual governador do Estado,
quando era Ministro da Justiça disse que o sistema prisional do Rio Grande do
Sul era caótico e que ele teria soluções para enfrentar esse problema. É
preciso avançar com responsabilidade, determinação e vontade política, como
afirmou o Ministro Joaquim Barbosa.
BOM DIA DEPUTADO. SÓ UMA PERGUNTINHA. HÁ QUANTOS ANOS O SISTEMA PRISIONAL GAÚCHO ESTÁ NESSA SITUAÇÃO? DE QUEM TARSO RECEBEU ESTÁ HERTANÇA MALDITA?
ResponderExcluirRESPONDA COM UMA NOVA PUBLICAÇÃO.
BOM DOMINGO!