Jorge Pozzobom*
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Durante o ano passado muito trabalho, ações de conscientização, homenagens
e, também, muita revolta com a tragédia que ocorreu aqui em Santa Maria, no
dia 27 de janeiro de 2013, com o incêndio da boate Kiss. Não poderia ser
diferente. E a cada dia do ano, em que buscávamos sempre a superação de uma
dor que nunca se apagará, sempre tive o foco e a convicção da necessidade de
ser prioridade a edição de legislação mais rigorosa na prevenção e combate ao
incêndio. Participei, junto com outros parlamentares, de todo a trabalho até
o ato de sanção da Lei 155/2013 pelo Governo do Estado, ocorrido em dezembro.
A Lei em vigor estabelece normas sobre segurança, prevenção e proteção contra
incêndios nas edificações e áreas de risco de incêndio no Rio Grande do Sul.
Esta Lei foi elaborada a partir da união e da dedicação de todos os deputados
da Assembleia L egislativa, com o apoio de instituições, entidades e da
sociedade. E com o objetivo de garantir a aplicação dos dispositivos com
rigor, apresentei duas emenda à Lei. A primeira reduziu o prazo de três anos
para 12 meses para que os municípios adequem as suas leis. A segunda,
determina que tanto a Prefeitura como os bombeiros podem interditar um
estabelecimento que possa gerar risco à vida. Antes era um ou outro. É nos
municípios que as coisas acontecem e, portanto, somente desta forma haverá
austeridade na liberação dos alvarás.
O rigor da nova legislação está presente na obrigação, da previsão da
lotação máxima do local, do controle da capacidade de entrada e saída de
fumaça e, da observação da quantidade máxima de calor que a construção
suporta, que devem constar no o Projeto de Prevenção Contra Incêndios (PPCI).
É nosso dever dar uma resposta séria, responsável, contundente e eficaz ao
que aconteceu em Santa Maria, ou seja, uma lei rigorosa. A Lei aprovada por
unanimidade dos parlamentares, demonstra que acima das diferenças, temos
compromisso com Santa Maria e com o Rio Grande, pois trabalhamos de forma
harmoniosa e profícua, buscando sempre alcançar o mesmo objetivo: maior rigor
na legislação. As emendas propostas estabeleceram a responsabilidade pela
fiscalização, além de tornar mais cautelosa e rigorosa a emissão de alvarás
e, desta forma, tem por objetivo acabar com o jeitinho brasileiro. Tenho
certeza de que esta lei simbolicamente é um tijolinho na reconstrução e na
superação que queremos para Santa Maria.
(Artigo publicado no jornal Diário de Santa Maria
de 29 de janeiro de 2014)
*Deputado Estadual
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29/01/2014
ARTIGO: Lei rigorosa: o fim do jeitinho brasileiro
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