08/05/2013

OPERAÇÃO CONCUTARE



Pozzobom contesta nota divulgada pelo PCdoB negando participação de filiados

O deputado estadual Jorge Pozzobom subiu à Tribuna, na sessão desta terça-feira (07), para rebater a nota divulgada no dia anterior pela direção estadual do PCdoB sobre a Operação Concutare. Deflagrada pela Polícia Federal na semana passada, teve o então diretor-presidente da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam), Carlos Fernando Niedersberg (PCdoB) entre os presos por estar ligado a um suposto esquema de pagamento de propina em troca da liberação de licenças ambientais e de repasse de dinheiro para a campanha eleitoral de 2012. “Tenho 43 anos de idade e não me recordo, nesse meu tempo de vida, de alguma vez em que um secretário de Estado tenha sido preso e levado ao Presídio Central”, afirmou.
Na nota, os comunistas criticam a prisão de Niedesberg pela PF, a qual consideram “sem qualquer prova ou motivo justificável, foi intempestiva e desproporcional”. “Nós temos a coragem e a determinação de enfrentar ponto a ponto esta nota. Em primeiro lugar, para prender não precisa de provas, basta ter indícios. E a Constituição Federal, seu artigo 5º, inciso LV, diz "aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes. Então isto não é o PCdoB quem tem que exigir. Está na lei”, completou.
O parlamentar também voltou a questionar as declarações da deputada federal Manuela D'Ávila de que teve acesso à integra dos documentos da Operação. “A nota diz 'quando se teve notícia das possíveis irregularidades' – quando se teve notícia? Primeiro, aquele foro privilegiado faz uma analogia às informações privilegiadas. Quando foi decretada a prisão do secretário, o ministro da Justiça José Cardozo, ex-namorado da deputada Manuela, ligou para o nosso governador Tarso Genro para comunicar. Nunca vi isso antes na história deste país também. E causa estranheza e deveras preocupação a deputada dizer que teve acesso às mais de mil páginas. Como ela teve acesso, se tramita em segredo de justiça?”, salientou.
Pozzobom também demonstrou preocupação com a falta de esclarecimento por parte de deputados que formam a base do Governo do Estado no Parlamento. “É preocupante este silêncio ensurdecedor da bancada governista em relação a este fato. Tudo o que queremos é coerência por parte do PT para que a CPI que foi proposta pelo PSDB seja instalada e possamos dar nossa contribuição para esclarecer as acusações”, encerrou.

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